domingo, 27 de julho de 2014

Cotação do bezerro sobe até R$ 1 mil em São Paulo

O valor do boi gordo aumentou neste mês 20%, em relação ao mesmo período do ano passado. Consequência de uma matéria prima cara, o que faz 2014 ser considerado o ano de valorização do preço do bezerro. Poucas vezes se viu uma alta tão grande no valor de mercado tanto do bezerro, quanto do boi magro.
um dos fatores é :
 O milho caiu muito, o farelo de soja também. Isto tornou a conta do confinamento mais interessante, mesmo com o boi gordo lá nos contratos de outubro e novembro se afastando um pouco dos R$ 130. Cedeu um pouco, mas ainda assim ficou muito interessante com esta ração mais barata 
Divulgação/Sxc

Vendas de laranja crescem em relação a 2013

A demanda industrial pela laranja já tem sido maior frente à observada no ano passado no mercado spot paulista e/ou de contratos de uma safra. Algumas processadoras, inclusive, já têm comprado frutas precoces.
Já no caso da laranja pera, o interesse das indústrias é mais elevado e os valores estão em torno de R$ 10,00/cx – também podendo contar com adicional. Mesmo com os preços superiores aos de 2013, produtores consultados pelo Cepea alegam que os valores atuais ainda não compensam os prejuízos de safras anteriores e nem amenizam o nível de endividamento dos citricultores independentes.
Eduardo Ongaro

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Mc Donald´s pede fim do uso de celas de gestação para suínos

Até o final de 2016 todos os fornecedores de carne suína para a Arcos Dorados, a maior franquia McDonald’s na América Latina, deverão apresentar planos documentados de sua adesão ao sistema de criadouros coletivos para seus animais. Para isso, a empresa está trabalhando em colaboração com produtores, fornecedores e outros interessados para avaliar a forma de apoiar quem esteja adotando esse sistema de gestação coletiva. 
De acordo com a HSI, desde 2012, mais de 60 grandes empresas do setor de alimentos já se comprometeram a eliminar gaiolas de gestação nos Estados Unidos. Esse tipo de confinamento já foi proibido em nove estados americanos, além de Canadá e União Europeia. Em países como Nova Zelândia e Austrália, a prática deve ser encerrada em 2015 e 2017, respectivamente.
Tudo isso sera feito para o bem, estar dos suinos para que eles possam ter mais conforto...
gaiolas_gestacao_suinos_porco (Foto: Divulgação / HSI)

Safrinha de milho deve cair

Em nota divulgada pela consultoria, o analista Paulo Molinari, destaca que mesmo com a queda na área plantada no Mato Grosso e no Paraná, de 9,7% e de 12,1%, respectivamente, estes estados terão as maiores colheitas do país.
A produção de milho safrinha em Mato Grosso deve ficar em 16,140 milhões de toneladas e a do Paraná em 10,216 milhões de toneladas.
A produtividade média, de acordo com a Safras e Mercado, deve ser de 5.425 quilos por hectare, abaixo dos 5.655 quilos registrados na segunda safra do ano passado.
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo já colheram toda a safra. Nos locais onde o trabalho está mais adiantado, o Paraná chegou a 99% e Minas Gerais a 98%.
agricultura_milho_ (Foto: Thinkstock)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Carne Suína a mais consumida no mundo

Carne suína ganha espaço em restaurantes e derruba mitos
Por Luiza Fecarotta, de São Paulo
Aquele animal gordo, sujo e perigoso está mais para o imaginário que para a realidade. O porco contemporâneo é esbelto, limpinho, criado em confinamento com higiene controlada e alimentado com ração --não com restos de comida.          
Mesmo sem ter se desfeito dos estigmas do passado --de que tem alto teor de gordura e colesterol, transmite doenças mortais e é produzida em condições insalubres -- a carne suína é a mais consumida no mundo.
Esse patamar foi alcançado pelo reforço pesado da China, é certo --e pela queda da oferta de carne bovina, o.k. Mas, no Brasil, nota-se um crescimento progressivo da procura por essa carne.
"A tendência é que a exportação também cresça, principalmente agora, que a presidente [Dilma Rousseff] abriu o mercado da China", diz Jurandi Soares Machado, da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína.
Com preços mais acessíveis, o produto tem se multiplicado nas mesas de restaurantes, preparado com técnicas apuradas, como choque térmico e cozimento longo em baixa temperatura.
Pelas mãos de chefs o porco ganha leituras apoiadas em cortes ousados (além da trinca lombo-costela-bisteca). E as crendices sobre esse alimento são postas de lado.


Atualmente, cada brasileiro consome cerca de 13 kg de carne suína por ano - número três vezes menor que o de países da Europa e do Oriente - sendo quase 80% só com produtos processados e embutidos, como salsicha, linguiça e mortadela. De acordo com os produtores do setor, o consumo ainda baixo tem relação com o preconceito por conta da falta de informação sobre a suinocultura no Brasil e pela ideia errônea de que a carne suína é gordurosa. A realidade é que, graças ao emprego de modernas técnicas de criação e abate, a carne consumida no País tem baixíssimo teor de gordura. Além disso, segundo pesquisas da United States Department of Agriculture (USDA), a carne suína possui menor teor de colesterol, sódio e potássio que a carne bovina e a de frango.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a exportação cresceu cerca de 18% entre janeiro e abril de 2009. Em quatro meses, o País exportou mais de 188 mil toneladas de carne suína, grande parte para Rússia, Hong Kong e Angola, o que gerou uma receita de US$ 377,25 milhões. Em comparação aos mercados de carne bovina e de frango, ainda há muito a ser feito. Ano passado, o Brasil liderou o ranking mundial de exportações de carne bovina, com um volume de 2,2 milhões de toneladas e receita de US$ 5,3 bilhões - 28% do mercado global, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Já as exportações brasileiras de frango representam 40% do mercado mundial: de acordo com a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), foram vendidas 845 mil toneladas nos três primeiros meses do ano, com receita de US$ 1,2 bilhão.

Exportação de carne bovina cresce

O mercado de exportação de carne bovina brasileiro registrou um volume de exportação de 130,4 mil toneladas e faturamento de US$ 555,8 milhões em janeiro. O crescimento foi de 11,7% em volume e 7,4% em faturamento na comparação com janeiro de 2013.
Na lista dos dez principais mercados da carne no mundo, destaque para o Irã, que teve um faturamento 11 vezes maior comparado ao mesmo período do ano passado, subindo de US$ 5,1 milhões para US$ 56,4 milhões.
A carne in natura também continua sendo a categoria de produtos brasileiros mais desejada pelos importadores em todo mundo, atingindo um faturamento superior a US$ 458,8 milhões. Este é o primeiro passo rumo a mais um ano de recordes para a exportação de carne brasileira, com a expectativa de atingirmos a marca de US$ 8 bilhões – 
Para atingir este número, a Abiec ( Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne ) aposta na manutenção de seu status sanitário, assim como na abertura de novos mercados neste ano, como os Estados Unidos, por exemplo.
Alan Pedro

Chuvas amenizam perdas em parte das lavouras do país

Os prejuízos nas lavouras causados pela seca e calor foram grandes neste início de ano, devido a influência de um bloqueio atmosférico. Os valores reais destas perdas ainda são muito subjetivos, mas é fato que o Brasil irá colher uma safra menor de cafésojamilho e feijão em 2014, por causa dessa anomalia climática do verão.
Por outro lado, em Mato Grosso, a preocupação do produtor não é com a falta de chuva e sim com o excesso que pode atrapalhar a colheita da soja e a finalização do plantio do milho safrinha. Segundo a Somar Meteorologia, ainda há previsão de chuvas intermitentes nos próximos 10 dias no Estado o que pode trazer algumas perdas localizadas nas lavouras. No Paraná, a preocupação também está voltada com o milho safrinha, mas por outros motivos.
As previsões estendidas, até o momento, não indicam temperaturas inferiores aos 7°C entre abril e maio e, portanto, tiram o risco de geada precoce. A geada só entra em formação com temperaturas em torno dos 3ºC.
Jonas Nelmar Marlow, especial

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Defensivos biológicos e inimigos naturais devem reduzir danos da helicoverpa no Distrito Federal

A expectativa de perda no cultivo da soja é de 5%, número inferior ao prejuízo provocado pela praga na última safra, quando 10% das lavouras sofreram perdas.
Os produtores usaram o calendário que prevê o número de lagartas. O importante é não deixar a lagarta atinja a fase adulta. Fizeram aplicação na fase nova quando é mais suscetível e alternaram os inseticidas biológicos. Além do uso de inimigos naturais, em função disso o controle foi muito bom. Os produtores não podem se descuidar e devem fazer o manejo integrado e vistoriar a lavoura diariamente.
Nós podemos afirmar que jamais vamos exterminar a lagarta. O que nós temos que fazer é aprender a conviver com essa praga. É uma questão de aprendizado, isso leva um tempo. Acho que no máximo dois anos, o produtor não vai mais estar preocupado com a helicoverpa.
Prejuízo na safra deve ser de 5%

Benzoato de Emamectina

O produto, que tem a utilização proibida no Brasil, é vendido que nem “água” no país vizinho. Somente na revenda autorizada que visitamos, foram comercializados 50 mil quilos em apenas 4 meses! A procura foi maior do que a oferta.
Benzoato de emamectina
A utilização preventiva de produtos à base de benzoato foi a solução encontrada pelos produtores paraguaios para combater a helicoverpa. O resultado foi positivo e a lagarta controlada. No Brasil, só alguns Estados conseguiram autorização do governo de forma emergencial.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Pesquisa confirma inimigos naturais atuando contra a Helicoverpa armigera

Parte das lagartas coletadas, suspeitas de serem a Helicoverpa armigera, estavam infectadas por nematoides ou atacadas por parasitoides. A presença desses inimigos naturais, tanto dos nematoides como dos parasitoides, é muito importante para o equilíbrio da lavoura, à medida que a safra vai se desenvolvendo, pois com um manejo adequado, a tendência é das populações de inimigos naturais crescerem. É por isso que estamos reforçando a orientação para que o produtor monitore suas lavouras, tenha critérios para a decisão de controle e não aplique inseticidas indiscriminadamente sejam eles biológicos ou químicos. Em algum momento, que ainda não sabemos exatamente como funciona, a lagarta é infectada por esse nematoide, que não é o mesmo que ataca as raízes das plantas.
 Os pesquisadores da Embrapa são cautelosos em relação ao desenvolvimento da safra e garantem que, sem a ação dos inimigos naturais, a situação pode ser muito pior no campo. “Nas áreas onde há um desequilíbrio, a ocorrência de pragas é muito maior, por isso a existência de inimigos naturais é importante e sua preservação é essencial, pois ajuda a manter as populações de pragas abaixo do nível de ação e retarda a ocorrência de resistência da praga a produtos químicos”


Os parasitoides encontrados são principalmente moscas da família Tachinidae, que se desenvolvem no interior da lagarta e, ao completar seu desenvolvimento, matam o inseto promovendo um controle natural da praga.
É necessário rever as estratégias de controle e ter uma visão mais ampliada do sistema de produção. Temos assistido pragas migrarem de uma cultura para outra, índices crescentes de insetos com resistência a produtos químicos, pragas secundárias se tornando um problema crítico. Não há outro caminho a não ser uma mudança profunda de postura. O controle de pragas tem que ser feito a partir de recomendações do manejo de integrado de pragas, ou seja, a partir do monitoramento e da evolução de sua ocorrência e, nunca, de forma calendarizada