segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Carne Suína a mais consumida no mundo

Carne suína ganha espaço em restaurantes e derruba mitos
Por Luiza Fecarotta, de São Paulo
Aquele animal gordo, sujo e perigoso está mais para o imaginário que para a realidade. O porco contemporâneo é esbelto, limpinho, criado em confinamento com higiene controlada e alimentado com ração --não com restos de comida.          
Mesmo sem ter se desfeito dos estigmas do passado --de que tem alto teor de gordura e colesterol, transmite doenças mortais e é produzida em condições insalubres -- a carne suína é a mais consumida no mundo.
Esse patamar foi alcançado pelo reforço pesado da China, é certo --e pela queda da oferta de carne bovina, o.k. Mas, no Brasil, nota-se um crescimento progressivo da procura por essa carne.
"A tendência é que a exportação também cresça, principalmente agora, que a presidente [Dilma Rousseff] abriu o mercado da China", diz Jurandi Soares Machado, da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína.
Com preços mais acessíveis, o produto tem se multiplicado nas mesas de restaurantes, preparado com técnicas apuradas, como choque térmico e cozimento longo em baixa temperatura.
Pelas mãos de chefs o porco ganha leituras apoiadas em cortes ousados (além da trinca lombo-costela-bisteca). E as crendices sobre esse alimento são postas de lado.


Atualmente, cada brasileiro consome cerca de 13 kg de carne suína por ano - número três vezes menor que o de países da Europa e do Oriente - sendo quase 80% só com produtos processados e embutidos, como salsicha, linguiça e mortadela. De acordo com os produtores do setor, o consumo ainda baixo tem relação com o preconceito por conta da falta de informação sobre a suinocultura no Brasil e pela ideia errônea de que a carne suína é gordurosa. A realidade é que, graças ao emprego de modernas técnicas de criação e abate, a carne consumida no País tem baixíssimo teor de gordura. Além disso, segundo pesquisas da United States Department of Agriculture (USDA), a carne suína possui menor teor de colesterol, sódio e potássio que a carne bovina e a de frango.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a exportação cresceu cerca de 18% entre janeiro e abril de 2009. Em quatro meses, o País exportou mais de 188 mil toneladas de carne suína, grande parte para Rússia, Hong Kong e Angola, o que gerou uma receita de US$ 377,25 milhões. Em comparação aos mercados de carne bovina e de frango, ainda há muito a ser feito. Ano passado, o Brasil liderou o ranking mundial de exportações de carne bovina, com um volume de 2,2 milhões de toneladas e receita de US$ 5,3 bilhões - 28% do mercado global, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Já as exportações brasileiras de frango representam 40% do mercado mundial: de acordo com a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), foram vendidas 845 mil toneladas nos três primeiros meses do ano, com receita de US$ 1,2 bilhão.

Exportação de carne bovina cresce

O mercado de exportação de carne bovina brasileiro registrou um volume de exportação de 130,4 mil toneladas e faturamento de US$ 555,8 milhões em janeiro. O crescimento foi de 11,7% em volume e 7,4% em faturamento na comparação com janeiro de 2013.
Na lista dos dez principais mercados da carne no mundo, destaque para o Irã, que teve um faturamento 11 vezes maior comparado ao mesmo período do ano passado, subindo de US$ 5,1 milhões para US$ 56,4 milhões.
A carne in natura também continua sendo a categoria de produtos brasileiros mais desejada pelos importadores em todo mundo, atingindo um faturamento superior a US$ 458,8 milhões. Este é o primeiro passo rumo a mais um ano de recordes para a exportação de carne brasileira, com a expectativa de atingirmos a marca de US$ 8 bilhões – 
Para atingir este número, a Abiec ( Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne ) aposta na manutenção de seu status sanitário, assim como na abertura de novos mercados neste ano, como os Estados Unidos, por exemplo.
Alan Pedro

Chuvas amenizam perdas em parte das lavouras do país

Os prejuízos nas lavouras causados pela seca e calor foram grandes neste início de ano, devido a influência de um bloqueio atmosférico. Os valores reais destas perdas ainda são muito subjetivos, mas é fato que o Brasil irá colher uma safra menor de cafésojamilho e feijão em 2014, por causa dessa anomalia climática do verão.
Por outro lado, em Mato Grosso, a preocupação do produtor não é com a falta de chuva e sim com o excesso que pode atrapalhar a colheita da soja e a finalização do plantio do milho safrinha. Segundo a Somar Meteorologia, ainda há previsão de chuvas intermitentes nos próximos 10 dias no Estado o que pode trazer algumas perdas localizadas nas lavouras. No Paraná, a preocupação também está voltada com o milho safrinha, mas por outros motivos.
As previsões estendidas, até o momento, não indicam temperaturas inferiores aos 7°C entre abril e maio e, portanto, tiram o risco de geada precoce. A geada só entra em formação com temperaturas em torno dos 3ºC.
Jonas Nelmar Marlow, especial

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Defensivos biológicos e inimigos naturais devem reduzir danos da helicoverpa no Distrito Federal

A expectativa de perda no cultivo da soja é de 5%, número inferior ao prejuízo provocado pela praga na última safra, quando 10% das lavouras sofreram perdas.
Os produtores usaram o calendário que prevê o número de lagartas. O importante é não deixar a lagarta atinja a fase adulta. Fizeram aplicação na fase nova quando é mais suscetível e alternaram os inseticidas biológicos. Além do uso de inimigos naturais, em função disso o controle foi muito bom. Os produtores não podem se descuidar e devem fazer o manejo integrado e vistoriar a lavoura diariamente.
Nós podemos afirmar que jamais vamos exterminar a lagarta. O que nós temos que fazer é aprender a conviver com essa praga. É uma questão de aprendizado, isso leva um tempo. Acho que no máximo dois anos, o produtor não vai mais estar preocupado com a helicoverpa.
Prejuízo na safra deve ser de 5%

Benzoato de Emamectina

O produto, que tem a utilização proibida no Brasil, é vendido que nem “água” no país vizinho. Somente na revenda autorizada que visitamos, foram comercializados 50 mil quilos em apenas 4 meses! A procura foi maior do que a oferta.
Benzoato de emamectina
A utilização preventiva de produtos à base de benzoato foi a solução encontrada pelos produtores paraguaios para combater a helicoverpa. O resultado foi positivo e a lagarta controlada. No Brasil, só alguns Estados conseguiram autorização do governo de forma emergencial.